Na carta falaria o trivial, a rotina, coisas banais que seriam, na maioria, repetições de ontem;
No poema, falaria de sentimentos dos meus...
do coração...
na carta, do jogo de ontem;
no poema, da paixão antiga por ti.
A carta diria de como estou como gente,
mais "um na multidão";
no poema, chegaria a ti a saudade sentida,
o homem apaixonado,
aquele que pensa na mulher e, quanto mais pensa,
ama
ama tudo; ama o sorriso
o abraço...
o calor emanado,
a palavra amiga e confortante em
momentos vários;
a mulher companheira, cúmplice,
a mulher amante
que se doa
e nada quer a não ser
ser amada nos detalhes que o corpo e
coração de uma mulher oferece.
A carta, enfim, preencheria o tempo
o poema falaria que o tempo é pouco,
em qualquer tempo,
para aquele que ama uma mulher que é um amor
e que para isso precisa de mais tempo,
sempre,
pois entre esse homem apaixonado
e a mulher/amor distante
há muito amor para ser doado
explorado
exigido...
O que te escrevo, amor,
carta ou poema?
Zevall, 17 Out./2019