sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Assanhadinha

tencionando te falar me veio a dúvida: carta ou poema?
Na carta falaria o trivial, a rotina, coisas banais que seriam, na maioria, repetições de ontem;
No poema, falaria de sentimentos dos meus...
do coração...
na carta, do jogo de ontem;
no poema, da paixão antiga por ti.
A carta diria de como estou como gente,
mais "um na multidão";
no poema, chegaria a ti a saudade sentida,
o homem apaixonado,
aquele que pensa na mulher e, quanto mais pensa,
ama
ama tudo; ama o sorriso
o abraço...
o calor emanado,
a palavra amiga e confortante em
momentos vários;
a mulher companheira, cúmplice,
a mulher amante
que se doa
e nada quer a não ser
ser amada nos detalhes que o corpo e
coração de uma mulher oferece.
A carta, enfim, preencheria o tempo
o poema falaria que o tempo é pouco,
em qualquer tempo,
para aquele que ama uma mulher que é um amor
e que para isso precisa de mais tempo,
sempre,
pois entre esse homem apaixonado
e a mulher/amor distante
há muito amor para ser doado
explorado
exigido...
O que te escrevo, amor,
carta ou poema?

Zevall, 17 Out./2019

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Uma carta


Diocese e Livraria em Pinheiro
Fonte: Autor, 2019

Relógio na praça Sarney - Pinheiro - Ma
Fonte: Autor, 2019
Assanhadinha,

quando havia o banco Bamerindus aqui na região costumávamos ouvir um jingle que dizia assim: "o tempo passa, o tempo voa..."; realmente a passagem do tempo, quando não remida de maneira correta, parece voar e, quando caímos em nós, não conseguimos realizar aquilo que era pretendido. E esse tempo perdido ou "mal remido" jamais voltará.
Uma música do passado diz em sua letra "o que passou, passou..." e essa ideia reforça um pensamento filosófico afirmante de que "não entramos duas vezes no mesmo rio". É por aí, pois o rio através de suas águas se renova a cada dia. 
Explico:
Interior do ferry-boat na travessia
Fonte: Autor, 2019
Estive ausente de nossa querida terra - Floriano, Piauí - por aproximadamente doze dias; e nesse período foram muitas emoções acumuladas, onde muitas coisas aconteceram. Faço minhas, portanto, as palavras de um cantor conhecido que afirma "se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu senti". Acredito que não chorei e se assim me manifestei não foi pela viagem em si; fatores como saudade, problemas acumulados ou mal resolvidos, consciência das dificuldades enfrentadas desde a algum tempo, enfim, tive motivos para chorar. Por outro lado, as alegrias sentidas; as aventuras vividas e muitas expectativas em relação ao novo, ao que poderia acontecer, certamente que suplantaram as tristezas. Repito: muitas emoções...
Travessia de Ferry-boat
a partir de São Luis
Fonte: Autor, 2019
Há muito que não viajava e todos próximos a mim sabem o quanto me sinto bem quando viajo. É cansativo; há dificuldades em relação às necessidades básicas; convívio com pessoas com outros costumes que os nossos mas há, também,  muita diversão, contato com o novo e desconhecido e muita gente interessante e cheia de conhecimentos diversos que nos agregam, tais como os humbertenses representados por Geiel e dona Vindoura, belos anfitriões; ou seja, o pacote é variado.
Mas, enfim, estou aqui. trago no matulão muitas experiências e descobertas que me renovam e a certeza de que aplacarei um pouco a saudade sentida. Saudade esta - como diz conhecido locutor esportivo - "sabe de quem?...". Creio que sabes, assim como sabes, ainda, da incompletude ocasionada pela distância imperante, entre o ponto A e o ponto B, durante os dias que que estive por aí. A sensação foi, nesse decorrer de tempo, a de que se esteve bom estaria melhor se estiveras comigo, andando meus caminhos. Certamente que isso se tornará possível futuramente.
Praça da Bíblia
Humberto de Campos - MA
Geiel, meu anfitrião
Fonte: Autor, 2019

Se pedisses um resumo do meu "périplo" por terras maranhenses, desde que rumei com destino a Pinheiro e, posteriormente, Turiaçu, Diria: vi Sampaio (meio barrigudo); naveguei de ferry-boat; comi espetinho com farinha de puba; vi búfalos na lagoa; conheci Joana; tomei umas cervejas; fiquei no prego na esterada próximo a São Bento (terra do Sarney); almocei na pensão das "três irmãs"; conheci Marize (culta e muito simpática. Bela mesmo.); tomei banho no Preguiça; senti muitas dores nas pernas; fui no espetinho do "joãozinho"; passeei bastante; fui a Humberto de Campos; tomei banho no Periá; naveguei em barco a motor; comi peixe (tainha) com Geiel e dona Vindoura, com muita farinha de puba e café; fui confundido com um lutador em uma praça; viajei aproximadamente 230 km (ida e volta em uma moto pop 100; ganhei um chapéu de vaqueiro e uma bolsa de agente de saúde; vi o mar... são ou não "tantas emoções?".
Com Geiel, nas Dunas
Fonte: autor, 2019
Como me sinto em relação a isso? se tiver oportunidade farei tudo outra vez e não tô nem aí - como diria Duduca e Dalvan - pra a "... espinheira danada que a gente enfrenta...".
Muito poderia ainda ser acrescentado. Viajem tem muitos detalhes e nem todos são capitados; no geral, é mais ou menos isso.
Assim, fico por aqui. Tô contigo e não abro "nem pra um trem carregado de gilete (eita década de 1970 cheia de dizeres e chavões)".

(Zevall, set./19). 

A REFORMA E AS SOLAS

Reforma Protestante – nome dado ao movimento reformista que surgiu no cristianismo em 1517 por meio do monge agostiniano Martinho Lutero. A ...