quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

História I

Guardamos, muitas vezes, um papel qualquer, um recorte ou uma foto, sem a consciência de que, ao encontrá-lo num dia, por acaso, estamos de posse de parte da nossa história. É nisso que se baseia o conceito histórico: nos documentos, nos artefatos, nos prédios e monumentos, entre outras possibilidades.
Ao escolher entre meus livros um que devesse iniciar sua leitura, selecionei Rio das flores, do português Miguel Sousa Tavares, edição de 2008. Ao folheá-lo encontrei em meio às suas paginas, esse bilhete de passagem de uma viagem ocorrida no dia 06 de janeiro de 2017, a exatos cinco anos, entre a capital federal, BSB, e São Paulo. Confesso que não tinha a mínima ideia que havia viajado nessa época e então me puz a relembrar... O motivo da minha estada na capital candanga foi a renovação da minha CNH. Fiz o exame toxicológico e como o resultado deste demorava em torno de quinze dias, fui a São Paulo ver Heloíse. A ocasião permitia e facilitava, por já me encontrar a meio caminho. Lembro-me também, que ao retornar de SAMPA a BSB, tomei um ônibus da Rapido Federal (é possível que qualquer dia encontre o bilhete dentro de outro livro; isso é mania), numa viagem de aproximadamente doze horas, em que saímos do terminal Tietê por volta das 20h, com chuva e chegamos um pouco depois das 7h da manhã do dia seguinte, ainda chovendo. Foi uma viagem noturna toda feita sob chuva, graças a Deus sem nenhum incidente ou acidente. Tempo permanecido na Capital - dois dias - tempo apenas de recolher o exame, apresentar à comissão, fazer correção na vista se se habilitar novamente. É história ou não (comprovada documentalmente)?. Eisenhower, professor/historiador, Jan./2022.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

UM JOGO DA VIDA

Quem está chegando em Floriano, vindo de Picos ou de Teresina, passa na rotatória do Paracati, que dista da cidade exatos 9 quilômetros. Da rotatória o viajante começa uma subida que, quando chega no seu ponto mais alto, inicia uma descida até a ponte do rio Itaueira; após cruzar a ponte tem-se novamente uma subida, longa e curva que finaliza sua elevação até defronte o antigo Posto São Cristóvão, que pertencia ao grupo Barbosa Brandão, distando aproximadamente 3,5 quilômetros da rotatória do Paracati. A história que será contada agora só quatro amigos e uma família anônima sabem na íntegra, por se tratar de personagens ligados diretamente a ela. A mesma aconteceu por volta do ano de 1991, portanto, 31 anos passados. A narrativa tem o objetivo apenas de contar mais uma aventura vivida, não pretendendo nenhuma intenção de honra ou vangloria.
Os personagens são, na ordem da foto, Erivan, Adalzan e Eisenhower. O Quarto envolvido se chama Edilson e não tínhamos uma foto para caractelizá-lo. O grupo voltava de um jogo no povoado Conceição, município de Amarante. Tendo esperado o jantar e não estando dispostos a ficar para uma festa que teria em seguida, os quatro amigos decidiram retornar juntos, em duas motos, para Floriano, de modos que iniciaram o retorno por volta das 22h de um sábado qualquer. Quando nos aproximamos da rotatória do Paracati, já um pouco mais de 23h avistamos um fusca parado no acostamento e um senhor a sinalizar para que parássemos. Feito isto ele nos disse que pretendia trocar o platinado do carro e que queria ajuda com o farol das motos para realizar o trabalho, no que prontamente todo o grupo concordou. Aquele senhor se dirigia com a família, a esposa e duas crianças, para o interior de Oeiras e estavam vindo de Angical, segundo o que ele declarou. Após trocar a peça tentou fazer o motor funcionar e não conseguiu e imediatamente ele teve a ideia de sugerir que se empurrassémos o carro e mesmo funcionaria no tranco. Tentamos uma vez, duas vezes, três... não funcionou. Quando já nos preparávamos pra sair, uma vez que nada poderia ser feito por um de nós ele disse: "se ao menos eu conseguisse chegar lá no alto eu conseguiria fazê-lo funcionar na descida". O Erivan - creio ter sido ele - sugeriu que as motos fossem deixadas lá no alto e então voltaríamos pra empurrar o veículo. Isso foi feito bem mais de meia-noite. Com o carro já no alto ele agradeceu, entrou e iniciou sua tentativa. Subimos nas motos e também descemos, meio que cansados do esforço. Cruzamos a ponte do Itaueira e já quando a subida foi iniciada alguém do grupo teve a ideia de sugerir se "não seria melhor esperar ele passar (ufa!)". Ele não passou, pois o carro não funcionou. Voltamos e perguntamos o que ele pretendia fazer, ao que ele respondeu que passaria o resto da noite na beira da estrada e quando amanhecesse procuraria um mecânico. Acredito que a decisão que tomamos a seguir, os quatro que voltávamos do jogo, foi em função das duas crianças. Depois de concordarmos juntos, pedimos para aquele senhor dizer pra sua esposa ir caminhando com as crianças pois iríamos ajudá-lo a empurrar o carro até o posto. E assim foi feito. Chegamos em casa por volta das 3h da manhã de domingo. Fizemos café e improvisamos um lanche na madrugada. depois fomos deixar os dois amigos cada um em sua casa... Eisenhower, professor/historiador, Jan./2022

sábado, 15 de janeiro de 2022

1° Encontro/22

Jezaías, Eisenhower, Israel, pr. Pedro, Daniel e José Félix. além destes ainda havia Franzé, Nivaldo e Zezinho e pr. Sérgio Henrique presentes ao primeiro encontro de 2022 da turma do Arroz com Abóbora. Do lado feminino registrou-se dez presenças. Foi um ótimo encontro, onte a palavra de reflexão nos deixou a pensar naquilo que queremos nessa nossa idade previlegiada. No que se refere ao lanche, saímos do tradicional e enveredam por uma nova experiência, mas a turma gosta mesmo é do Arroz com Abóbora e do ovo frito. Outra particularidade é que neste encontro a turma esteve mais aberta, participou de debates e novos projetos foram abordados. Respondendo à pergunta proferida na oportunidade, qual seja, "qual o propósito destes encontros?" uma nota foi emitida posteriormente deixando entendido que o cerne é a confraternização, o convívio, a alegria de rever e poder abraçar nossos irmãos que muitas vezes por força das nossas obrigações e dos nossos compromissos, não temos oportunidades de desfrutar da presença do outro. Os novos ministérios - todo e qualquer - será consequência do que estamos propostos a fazer e que temos feito desde que o grupo foi iniciado.
"Quão bom e quão maravilhoso é..." poder fazer um círculo, cantar com nosso irmão, ler a Palavra e após uma reflexão comemorar a graça de Deus na vida de cada um. Depois, como não poderia deixar de ser, hora daquele lanche saboroso e saudável, que já é marca registrada dos nossos encontros. Esse é o grande mistério da nossa fé. Este encontro foi na Igreja Batista Betel; o próximo na casa da irmã Maria de Jesus Mendes. Outros serão agendados e nossa oração é que o nosso Pai chancele as nossas iniciativas e receba o nosso louvor. É isso. Eisenhower, professor/historiador, janeiro/2022.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

UM TIME VENCEDOR

Time que joga pra frente, onde todos são atacantes e a bola em jogo é a Palavra. Time que segue ao pé da letra as palavras do técnico, o mestre Jesus Cristo, e que joga em todo campo para onde é mandado. O "para onde me mandar, irei" é o lema de todos que fazem parte desse timaço. Não há reservas nesse time pois todos são titulares. E craques no Reino de Deus. Na última vez que se reuniram para uma partida onde o amor e a alegria foram o "grito de guerra", na maravilhosa cidade de Picos, Piauí, os convocados foram (primeiro as damas, já que o time é misto): Arlete, Elba, Ellen, Ester, Evani, Eliete, Jucely, Neuda, Noeme, Silvanete, Suely, Stelma, Tammar e Vindoura. Os cavalheiros na partida picoense foram: Beray, Brito, Daniel, Davi, Elias, Eisenhower, Geiel, Ivan, Jessé, Milton, Paulo Macedo, Rosenburgo e Sampaio. Momento de jogo limpo, grandes jogadas e, principalmente, vitória. Mas com os ensinamentos do mestre Jesus, com dedicação e muito amor no coração quem não é vencedor? Eisenhower, professor/historiador, Jan./2022.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

A Espera

Ele estava preocupado. Assistia a um jogo de futebol de salão em uma quadra cercada por alambrado alto próximo ao terminal rodoviário. Havia chegado cedo no centro, tendo saído do Jardim Santo Antônio, em Embu das Artes, para receber alguém da família que chegaria do Piauí, via Itapemirim, a empresa padrão de passageiros oriundos do Nordeste. Mas estava preocupado; e inquieto. Sentia uma sensação de estar sendo vigiado. Final da década de 1970, quando o movimento de repressão ainda estava no auge e o temor da população era pungente andava-se, sempre, com extremado cuidado. E com todos os documentos à mão. Por isso o medo transformado em preocupação. Já experimentara o pavor da abordagem por um grupo repressivo e a experiência o deixara abalado por vários dias. Era dessa expectativa que provinha o medo que sentia e foi o medo que o fez localizar seus observadores. Eram dois e se encontravam totalmente discrepantes com o ambiente, além da maneira de se vestirem e se comportarem, que os denunciava como agentes "da lei e da ordem". Ao ter certeza de estar sendo observado o medo ganhou força e beirou ao pavor. A vontade - e necessidade - de fazer algo se chocava com o receio de tomar a decisão errada e assim não fez nada. apenas esperou. As horas pareciam transcorrer bem mais lentamente. o Sol subia o seu percurso, aumentando o calor, principalmente para quem estava exposto; e a sede se manifestou. Mas ele permaneceu estático e esperou..., esperou até que finalmente percebeu a chegada do ônibus esperado e com um misto de alegria e cautela se dirigiu para a plataforma de chegada que ficava próxima e do mesmo lado de onde se encontrava. Ao perceber a pessoa esperada o alívio foi imediato. Um alívio que duraria pouco. Ao pegar a bagagem do passageiro chegado e se virar para sair em direção ao ponto de ônibus intermunicipal percebeu os dois homens bem próximos. A um sinal destes ele parou segurando no braço da pessoa chegada e foi assim que se deu a abordagem. O mais velhos dos dois apresentou um distintivo que o identificava, ao tempo que solicitou ver os documentos, carteira de trabalho, identidade, essas coisas. Tendo identificado a cada um e após algumas perguntas, foram liberados, o acompanhante e o recém chegado. Mas ambos os inspetores, ainda que tentando a discrição, permaneceram próximos ao ponto de ônibus até que os "suspeitos" embarcaram. Ufa! Eisenhower, professor/historiador, Jan./2022.

A REFORMA E AS SOLAS

Reforma Protestante – nome dado ao movimento reformista que surgiu no cristianismo em 1517 por meio do monge agostiniano Martinho Lutero. A ...