Viver bem,
Ter amigos vários e
Viajar de moto.
Agora, se de repente, em uma empreitada só, você consegue reunir as três coisas, é verdadeira maravilha. E foi o que fiz. É preciso porém esclarecer que, para mim, viver bem se resume a estar em paz com Deus, com sua família, com seus entes queridos, estar ganhando o sustento para si e para os seus honestamente etc.
Dia 22/01, segunda feira, embarquei rumo à Codó, cidade que não visitava já há algum tem. Tinha em mente algumas ideias já definidas, e entre estas, rever alguns amigos era prioridade. Cheguei por volta das 14h30 e imediatamente contatei o amigo/irmão Antônio Luis, que gentilmente já havia me oferecido hospedagem. Aí foi só alegria. O primeiro passo foi fazer contato com alguns parentes que ainda residem por lá; depois; procurar alguns amigos que não os via já há algum tempo.Joacy foi o primeiro a ser visitado. Amigo que teve influência muito grande em meu período junto à igreja e ao Jubatson, pelo fato de ser excelente músico. Com seu jeito particular de ser sempre esteve a me orientar, a corrigir e até mesmo a perder a paciência durante ensaios e foi justamente essas parte que contribuiu com meu aprendizado. Em determinados momentos sempre quem ensina há de perder a paciência ante tantas repetência de um mesmo tema. Isso induz à perseverança. Depois de mais de trinta anos, rever esse amigo foi alegria imensa e, pela receptividade, creio ter sido recíproco o sentimento.Minha tia Valderês, tão doce e humilde, pelo trajeto que foi pré-estabelecido, foi a segunda visita da tarde. Havia prometido essa visita à Kelly, sua neta, e ao chegar liguei avisando que ia. Foi um momento singular, pois já iam muitos anos que não via minha tia, ela que é viúva de um irmão de minha mãe. A simplicidade, humildade e o jeito que é uma característica do "maranhense raiz" marcou o encontro. E como foi bom poder abraçar e conversar com ela. Torna-se até indescritível o prazer e a alegria do momento.
Em novembro próximo passado tive o prazer de almoçar com dois primos meus que estavam de passagem na nossa cidade. Eles retornavam de um encontro havido em Codó, do qual eu devia ter participado e não foi possível. Na ocasião, em meio a tantos assuntos e questionamentos perguntei se alguém havia de ter-se lembrado de buscar João de Deus para o encontro. A resposta foi que não, os motivos foram elencados e, para eles e diante deles eu disse que quando fosse a Codó esse seria um dos meus propósitos: procurar esse irmão. E graças a Deus isso foi possível.
Doente, alquebrado, mas principalmente carente da nossa afetividade, João de Deus foi simpático, agradável, eloquente e receptivo o suficiente para nos emocionar. Para os que não conhecem ou "não lembram" esse irmão era um dos baluartes do Jubatson, sempre encontrando soluções e disponibilidade quando o assunto era o conjunto. Rever João de Deus foi uma volta no tempo. Muito boa.
Como fiz menção à tia Valderês, alguém me perguntou: e essas tias, quem são? Pra início de conversa, são pessoas que me receberam muito bem, considerando-se o tempo em que não nos víamos. Muito grato à elas pelo carinho e receptividade. A partir da esquerda, Onilde, Onileide e Ellen; elas são irmãs e foram importantes importantes para mim num determinado momentode minha estada na cidade, em idos dos anos de 1980, entre outros motivos, porque morei um período na casa da mãe delas, quando precisei de um local ao deixar a casa do meu tio e um pouco antes de retornar à Floriano. Sou imensamente grato pela acolhida que tive por parte da família. Encontrá-las foi tão agradável que marcamos para estar juntos novamente em abril, ocasião em que estarei de férias. Que o Senhor nos permita a realização desse projeto.
Pra finalizar, preciso fazer juz ao papel que desempenhou esse "sujeito" na minha visita. É preciso dizer que o cara quase me matou de medo. Me fez entrar na casa dele e só depois que fechou o portão ele resolveu me apresentar essa cadela dele, uma pit-bul. Petrificado é pouco para o estado em que fiquei...
Brincadeiras à parte Antônio Luis, esse "louco" da cachorra, foi fundamental para o êxito da minha visita. Ele sempre se mostrou amigo, mas se dispôs desde o momento em que avisei que estava indo; me recebeu (muito bem, por sinal), me acompanhou em todas as visitas e até me pagou um saboroso e lauto jantar. Acredito que sem ele eu não poderia ter conseguido visitar tanta gente, ver muitas coisas e saber de umas tantas histórias da urbe codoense. E o cara me deu um facão de presente!
Irmão, obrigado de coração.
Como podem ver, realmente existem (muitas) coisas boas na vida. E elas estão diante de nós. Ocorre, no entanto, que muitas vezes não as percebemos. E a vida tá passando...
P.S o retorno desses momentos, fiz em uma moto, saindo de Codó às 6h35 depois de saboroso café com bolo de arroz e chegando em Floriano às 17h40 após passar por Santo Antônio dos Lopes, D. Pedro, Presidente Dutra, São Domingos do Maranhão, Colinas, Paraibano, Barão de Grajaú e, finalmente, atravessar o rio Parnaíba de volta à Terra Querida após rodar 560,5 km em um pouco mais de 11 horas.
Zevall, professor/historiador, de um passeio a Codó - Maranhão.