sexta-feira, 18 de março de 2016

Sobre Poesia

Sobre Poesia


O Condor, pássaro andino, foi eleito por Capistrano de Abreu para representar a nova tendência poética. É considerado a maior ave de rapina do mundo. Um Condor macho adulto pode ter até 3 metros de envergadura considerando suas asas abertas de ponta a ponta.
Paradoxalmente a seu tamanho, pesa, no máximo, 13 quilos, pois tem os ossos porosos, o que lhe dá grande mobilidade de voo. Por voar alto, o Condor expressa os ideais libertários do grupo de poetas da geração condoreia, sendo eleito o símbolo da liberdade.
(in: Oliveira, 2012, p. 318).

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O Monte Parnaso, na Grécia, era consagrado a Apolo (deus da poesia, das artes, da medicina, dos rebanhos, do dia e do sol) e às nove musas: Clio, que presidia a História; Euterpe, a música; Tália, a comédia; Melpômene, a tragédia;  Terpsícore, a dança; Erato, a elegia; Polimnia, a poesia lírica; Urânia, a astronomia e Calíope, a poesia épica e a eloquência.
(Ibid).
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Levanta a tua pálpebra fechada
Tocada por um sonho virginal
Eu sou o espectro de uma rosa
Que tu, no baile, usaste na noite passada.
Tu me colheste ainda com pérolas
 Do chuveiro de prata refrescada,
E entre festa estrelada
Tu me passeaste toda a noite.
                           (Theofhile Gautier). 


O Belo e o Bom

Quem é belo
É belo aos olhos
- E basta.
Mas quem é bom
É subitamente belo.
                    (Safo de Lesbos)


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Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta reinhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que aos fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.
(Gonçalves Dias)


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Plena Nudez

Eu amo os gregos tipos de escultura
Pagãs nuas no mármore entalhadas;
Não essas produções que a estufa escura
Das modas cria, tortas e enfezadas.

Quero em pleno esplendor, viço e frescura
Os corpos nus; as linhas onduladas
Livres: da carne exuberante e pura
Todas as saliências destacadas...

Não quero, a Vênus opulenta e bela
De luxuriantes formas, entrevê-la
Da transparente túnica através:

Quero vê-la, sem pejo sem receios,
Os braços nus, o torso nu, os seios
Nus... toda nua, da cabeça aos pés!

(Raimundo Correia. In: Múcio Leão (Org.). Poesias completas de Raimundo Correia. – São Paulo: Editora Nacional, 1984).

quinta-feira, 10 de março de 2016

Eu Amei

Em tempos idos, os da juventude, dois amigos meus – Eldinei Pereira de Sousa e Ester Alves de Brito – gostavam de me escrever poemas livres, onde ideia era deixar o coração falar, sem métrica ou rima. Gostávamos os três, de frases tipo “engraçado, eu te amo, sabia? Mas, engraçado por que... não é tão simples amar”?
Recentemente vi-me diante de alguém que me fez lembrá-los, pelo o que representa para mim e por ter me feito refletir nas palavras que estão no poema abaixo, de autoria da Conselheira:


Eu Amei


Eu amei... Eu amo você!
É um amor tóxico,
Irascível.

Mudou a minha rota,
Foi desvairado,
É desvairado. É amor!

Amo com todo vício e
dependência,
Com toda insensatez que
os tóxicos podem causar.

Amo com loucura,
Com uma abstinência nunca
sentida,
Amo. Apenas amo.

Não sou capaz de me libertar,
Vivo a profundidade
a intensidade de um amor
Dependente. Amo.

Sem mais, nem por que!



A REFORMA E AS SOLAS

Reforma Protestante – nome dado ao movimento reformista que surgiu no cristianismo em 1517 por meio do monge agostiniano Martinho Lutero. A ...