Estão
se aproximando novas eleições. O período eleitoral já começou em todo o
território nacional, o que significa que o município de Floriano (PI), a nossa
cidade, também se encontra envolvida no certame.
Há
que ter um segredo – quiçá um interesse – embutido na oportunidade de ser um
alcaide municipal, algo bem maior que ser apenas o executivo no que se refere
aos três poderes designados na Constituição Federal de 1988. Quem nunca foi “dá
a vida” para ser; quem já teve a honra, quer voltar a repeti-la.
Nem
sempre foi assim. Houve um tempo que a vontade era de mostrar serviço, de
trabalhar sem, no entanto, haver essa correria que descaracteriza o cargo de
servidor municipal. Quem já teve o privilégio se contentava em “ter feito
história”. Buscava outros horizontes, firmado nos pilares que havia construído
na sua gestão. Sonhava e perseguia voo mais alto. Havia sido gestor municipal,
virava deputado e pretendia ser governador. Queria caminhar para frente. Era ambicioso.
A
título de exemplo tomemos o nome de José Bruno dos Santos, eleito no auge da
ditadura militar e fazendo do seu lema de campanha o famoso “nós vamos quebrar
essa panelinha”. Os da época lembram bem esta chamada. As possibilidades do
então candidato eram mínimas, vez que a sua voz se erguia no MDB – Movimento
Democrático Brasileiro – enquanto o seu oponente, Nazareno Araújo, defendia a Aliança
Renovadora Nacional – ARENA – a menina de ouro dos militares do período
ditatorial.
Para
a sociedade da época, em geral, e para o eleitorado em particular, José Bruno
fez história: alcançou uma maioria de 1127 votos, algo que nem mesmo ele, no
melhor de seus devaneios, ousava imaginar. E foi assim que Floriano (PI), a
princesinha do sul que detinha o 3º lugar entre os municípios piauienses (hoje
é o 6º) o elegeu prefeito municipal. E ele honrou o cargo que ocupou.
Na
história desta urbe muitos outros eleitos, como José Bruno dos Santos na
década de 1970, também honraram o cargo para o qual foram eleitos. A lista é
longa, assim como a história da cidade, a começar por Agrônomo Parente,
fundador da colônia de São Pedro de Alcântara, que doravante se tornaria
Floriano. A partir daí surge o nome de Raimundo Artur de Vasconcelos, então
governador que assinou a elevação de colônia à categoria de cidade com o nome
que perdura até aos dias de hoje, através da lei 144 de 08 de julho de 1897 e,
ainda, do marechal Floriano Peixoto, que foi homenageado com o nome dado ao
município.
Em
31 de outubro de 1896 já havia sido eleito João Francisco Pereira de Araújo
(João Chico) como prefeito da nova cidade. Sendo empossado em 1º de janeiro de
1897 esteve à frente do executivo municipal até fevereiro de 1901. Seguiu-se a
este Raimundo Borges da Silva (01/01/1901 a 01/10/1905). Veio em seguida
Alfredo de Sousa Estrela (01/01/1905 a 01/02/1909) e a partir destes a lista se
alonga até chegar ao nome de Gilberto de Carvalho Guerra Júnior, o prefeito
atual. Quem virá a seguir? – os nomes já foram postos à disposição do
eleitorado florianense. Um dos pretensos já esteve à frente do executivo local;
outros são nomes conhecidos, porém nunca escolhidos. O que esperaremos de novo
para nosso povo? Ou não deveremos esperar?
O que Floriano – 6ª
colocada entre todos os municípios do Piauí será e terá, no futuro, depende
muito dos critérios que o cidadão local adote ao escolher seu próximo gestor.
Já fomos não podemos esquecer, o 3º município do Estado. Quem tentará nos
honrar levando-nos de volta a esta colocação?
Muito bom o comentário sobre a política em Floriano, realmente a cidade de Floriano está em trajetória descendente no ranking das maiores cidades do Estado do Piauí.
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