sexta-feira, 23 de março de 2018

“Pelas várzeas e chapadas do meu Piauí”

Praça central de Simplício Mendes.
Autor: Eisenhower/2018

Fui a Simplício Mendes, cidade da microrregião do Alto Médio Canindé, no semiárido piauiense, em circunstâncias singulares. Fui, na linguagem policial “reaver um bem que me havia subtraído”. No geral, posso afirmar que a minha viagem, desde quando saí de casa na manhã do dia 26/02/18, valeu a pena em todos os seus aspectos e suas nuances. Por volta das 11h10 cheguei à urbe de destino. Sobre esta, ao conversar com um transeunte, ele informou  que
é uma cidade pequena, mas muito movimentada. Sua agitação diária gira em torno da praça central, onde se localiza, em meio ao emaranhado de casas comerciais, bares e residências, a igreja matriz da nossa  localidade. A impressão que passa é de uma cidade desorganizada, onde não há leis de transito. Crianças pilotando moto e sem capacete é vista a todo o instante; ás vezes trafegando três ou quatro, principalmente meninas, em apenas uma moto; não há um policiamento voltado para isso. Na noite o movimento aumenta e a praça fica cheia. Dia de feira, também (morador que não quis se identificar).

Cumprida  a missão que me levou à cidade, preparei-me para retornar; dado o motivo que me levara até ali, me encontrava muito ansioso para sair o mais rapidamente possível. Ao fazer isso – sair do centro urbano – estaria iniciando um “verdadeiro tour” por alguns municípios piauienses e, rapidamente, passando em terras dignas de serem visitadas.
Saímos, eu e meu motivo da viagem, minha moto uma Yamaha Factor 125, preta, ano de fabricação 2014 que se considerando as circunstancias de como ela chegara até ali, se encontrava em bom estado de conservação. Apenas o pneu traseiro requeria atenção durante a viagem. Mas ele atendeu à responsabilidade durante o trajeto. Abastecimento feito, documentação em mãos e “até a próxima, Simplício Mendes”. Deixamos a cidade por volta de 12h30; destino, Paes Landim. O tempo se mostrava perfeito para uma viagem de moto, situação que  mudaria de configuração tão logo fosse ultrapassado o município de São Miguel do Fidalgo. Com o tempo bom e o pouco movimento na estrada estabelecemos uma velocidade de cruzeiro em torno de 85km/h. nada de pressa; cuidado com animais na pista, fato comum nas estradas piauienses.
Entre os dois municípios duas paradas. A primeira na entrada do projeto do Morro dos cavalos; a segunda, nas proximidades da lagoa de Ipueira. Havia uma grande expectativa quando a passagem por este local pois a aproximadamente 25 nos em passara por ali. Lógico que o cenário estaria mudado; nesse meio tempo a lagoa já secara uma vez. Agora há uma comunidade agrícola no seu entorno, situação que não existia quando da primeira visita. Ambas as paradas foram devidamente registradas em fotografias, claro.  Outros precisam conhecer “os caminhos por onde andamos”. E que caminhos.
Passado o município de Paes Landim e tendo rumado para o seguinte – São Miguel do Fidalgo – o tempo já prenunciava mudanças, o que não preocupava muito. Havia um outro tipo de preocupação: a fome sinalizava, porem o frito estava garantido na mochila, faltando apenas agua, o que garantiríamos na próxima cidade.
Quando fazíamos o percurso entre São Miguel do Fidalgo e São José do Peixe, parei para o lanche, verificação das condições da moto e, como o céu estava escurecendo, ajustamos a mochila na garupa, devidamente protegida e continuamos. Foi quando “as janelas do céu se abriram”. Em principio uma chuva moderada, tranquila; depois, sem nenhum acanhamento ela veio muito forte. Apenas chuva, sem relâmpagos ou trovões. E foi assim até próximo à cidade, quando diminuiu um pouco. Chegando em São José já não chovia e pude fotografar o entroncamento e seguir viagem em direção a São Francisco do Piauí.
São Miguel do Fidalgo.
Autor: Eisenhower/2018
Tão logo nos pusemos em movimento, talvez 4 ou 5 quilômetros saindo do município  a chuva voltou. Torrencial, barulhenta em virtude das árvores frondosas às margens da estrada, mas ainda sem os trovões. Por duas vezes paramos a condução para definir o que fazer ante a violência da chuva. Em algum momento antes da nossa passagem e bem próximo de São Francisco do Piauí e em um espaço em torno de 80 a 100 metros os ventos arrancara, pela raiz, quatro grandes árvores, três destas caindo sobre parte da pista, o que exigiu que nossa viagem que já era lenta, se tornasse mais lenta ainda. Desviamos e passamos sem poder fotografar o local, vez que o celular se encontrava protegido e guardado para não  sofrer algum dano.
São José do Peixe
Autor: Eisenhower/2018
Passamos pela cidade sob muita chuva; não havia porque parar. O mesmo acontecendo quando cruzamos o povoado de Serrinha, 15 quilômetros adiante. A chuva só diminuiria ao nos aproximarmos de Cercado Velho, uma comunidade já próxima ao entroncamento de São Pedro, às margens da rodovia BR 230. Ao chegar nessa região já não chovia mais. Registramos a passagem e descemos no sentido de Nazaré do Piauí, local onde trabalho.
Paramos para um devido descanso. Durante o lanche encontramos alguns amigos e aproveitamos para conversar sobre a viagem e sobre o retorno das aulas no dia seguinte, quando os professores retornariam da paralisação.  Depois disso, tudo pronto para o último percurso da viagem, este de 45 quilômetros até Floriano, a “princesa do sul do Piauí”, aonde chegamos por volta das 17h20.
Percorremos durante toda a viagem uma distância em torno de 245 quilômetros entre Simplício Mendes e Floriano; desses, apenas uma média de 55 km. foram transcorridos na BR 230; o restante em estradas do interior piauiense.
Acessoà BR 230 (de volta pra casa).
Autor: eisenhower/2018
 Apesar da chuva que diminuiu bastante o ritmo da viagem, esta foi tranquila e cheia de novidades. Já havia percorrido esse trajeto em 1993 e a aventura necessária serviu pra relembrar algumas coisas daquela época. Se perguntarem a mim se valeu a pena, direi que sim. Desopilou, trouxe novos conhecimentos e renovou o sentimento de curiosidade por pontos dessa terra querida chamada Piauí que ainda não conhecíamos. Havendo oportunidade, com a graça do bom Deus que não permitiu que nada nos acontecesse, voltaremos qualquer hora dessas em outra viagem.






segunda-feira, 12 de março de 2018





Qual a importância do estudo para o meu futuro? 
Por Jéssica Larissa (turma 111/2018 da Unidade Escolar João Leal).



De acordo com o meu crescimento e amadurecimento, tenho parado constantemente para refletir sobre os meus estudos e o meu futuro. Meus objetivos, sonhos e, principalmente, minha vontade de evoluir, crescem a cada dia mais. Porém tenho total consciência que tudo o que almejo depende dos meus estudos e das minhas escolhas.
Antes de me colocar à frente de algo tento saber quem sou; gosto de testar os meus limites, saber até onde posso me desenvolver na escola. Acredito, ainda, na importância da família e dos laços de amizade durante minha vida escolar..
O amor à frente de todas as coisas, feitas com muita força de vontade; creio que assim posso ter um futuro melhor e também contribuir para que o mundo seja diferente. Não quero apenas me formar ou simplesmente ser bem sucedida com tudo que aprendi nos meus estudos. Quero poder ajudar, ser útil para alguém.
Assim, nada será mais gratificante do que usar os meus conhecimentos em prol do bem estar de outras pessoas. Entendo ainda que a escola, os professores, os gestores e todos que a compõem são fundamentais para o meu desenvolvimento e formação.

(Trabalho requerido na aula de História, sob a orientação do professor Dias).


segunda-feira, 5 de março de 2018

apenas mais um poema


Opacidade

Não é apenas pela saudade
ou pela ausência que me dói o peito.
É o precisar!...
Nada quero se o que quero te onera;
Mas eu quero
dá-me, peço-te, a paz do teu sorrir
a alegria das palavras dos teus lábios
dá-me a esperança da presença,
a tua, ao meu lado
em qualquer dos devaneios meus.
Se a presença me preenche
E torna o lugar-comum aprazível, fica!
Qualquer canto é canto
Se estiveres ali e se te derramas sobre mim
A me tocar com teus peitos – “filhos gêmeos de gazela...”
Que ouriçam e atiçam com afagos.
Vem, deixa-me a desbravar
as tuas formas corporais, simplificadas
E melodiosas – balé de braços e pernas
Meus perigos e desafios
No vagar por tuas entranhas
Que me queimam e me derramam
Quando aderes teu corpo ao meu
E cola, sua, morde e lambe
Se exaspera e, depois, descansa.
Faze-me bem, tu sabes
teu querer (sempre) em conluio
com o meu empreender no teu ser
Quando te aninhas, saciada e em torpor.
me acalantas.
Teus amores – ah! Esses amores
em tuas diversas formas de te expressar
que arranha, que geme e faz gemer
na entrega fêmea que me aparaisa
no desfrutar dos manjares de ti
reivindicados para mim.
Dá-me, pois, isto: a ti como és
sem mudanças ou promessas.
Não muda nada, não mexe em nada
não promete nada, fica apenas.
Fica... e então hei de te tornar
em deusa do meu universo.
(Zeval, março/2018)


A REFORMA E AS SOLAS

Reforma Protestante – nome dado ao movimento reformista que surgiu no cristianismo em 1517 por meio do monge agostiniano Martinho Lutero. A ...