Opacidade
Não é
apenas pela saudade
ou
pela ausência que me dói o peito.
É o
precisar!...
Nada
quero se o que quero te onera;
Mas eu
quero
dá-me,
peço-te, a paz do teu sorrir
a
alegria das palavras dos teus lábios
dá-me
a esperança da presença,
a tua,
ao meu lado
em
qualquer dos devaneios meus.
Se a
presença me preenche
E
torna o lugar-comum aprazível, fica!
Qualquer
canto é canto
Se
estiveres ali e se te derramas sobre mim
A me
tocar com teus peitos – “filhos gêmeos de gazela...”
Que
ouriçam e atiçam com afagos.
Vem,
deixa-me a desbravar
as
tuas formas corporais, simplificadas
E
melodiosas – balé de braços e pernas
Meus
perigos e desafios
No
vagar por tuas entranhas
Que me
queimam e me derramam
Quando
aderes teu corpo ao meu
E
cola, sua, morde e lambe
Se
exaspera e, depois, descansa.
Faze-me
bem, tu sabes
teu
querer (sempre) em conluio
com o
meu empreender no teu ser
Quando
te aninhas, saciada e em torpor.
me
acalantas.
Teus
amores – ah! Esses amores
em
tuas diversas formas de te expressar
que arranha,
que geme e faz gemer
na
entrega fêmea que me aparaisa
no
desfrutar dos manjares de ti
reivindicados
para mim.
Dá-me,
pois, isto: a ti como és
sem
mudanças ou promessas.
Não
muda nada, não mexe em nada
não
promete nada, fica apenas.
Fica...
e então hei de te tornar
em
deusa do meu universo.
(Zeval, março/2018)
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