Não
sou poeta
Gostaria
de sê-lo
Mas
apenas brinco com as palavras.
Brinco
porque elas – as palavras – me aceitam.
E
transmitem o que digo
Da
beleza e da vida.
Não,
eu não sou poeta!
Apenas
não me contenho ante a tua beleza;
E
não me eximo de reconhecer o quanto teu sorriso me encanta
O
poeta, com palavras,
Pegaria
as tuas mãos,
Sentiria
o calor e o arrepio do teu corpo,
Me
deliciaria com a doçura dos teus beijos.
O
poeta transforma distância e saudade em algo agradável, romântico...
Eu
nada disso sei fazer
Por
isso não sou poeta.
Ao
contrário,
A
distância de ti dói
E
a saudade me atormenta dia e noite
E
nem sei – talvez por isso – o sabor dos teus lábios
Vida
difícil essa de não poeta
Amo
de longe e sinto saudades.
Zeval, 2017
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