sábado, 29 de setembro de 2018

Aula Extra

Hoje, das 14:00 às 16:00 trabalhei com um grupo pró-ENEM. Grupo pequeno - seis alunos - onde o tema da aula era Geopolítica e Capitalismo, temas da disciplina Geografia. Experiência nova mas muito significativa, a partir do momento em que foi um contato diferente, com alunos atentos e obsequiosos, interessados mesmos em assimilar o que estava sendo pautado no decorrer da aula.
Ao final, descobri que aprendi bastante. Aprendi que existem ainda pessoas que se voltam, por acreditarem, que estudar vale a pena. Para que se ratifique essa ideia, é necessário que se conheça o grupo em questão: um rapaz, uma moça e quatro senhoras mães de famílias que, em um sábado à tarde, abrem mãos de seus afazeres, quaisquer que sejam - cuidar da casa, da beleza, assistir à família ou simplesmente descansar - para sentarem-se durante duas aulas pra ouvir sobre nuances, pontos autos e baixos do sistema capitalista.
Aprendi que na qualidade de mediador, na convivência com esses alunos, pouco tenho feito em benefício de tantos quantos precisam se encontrar através do estudo; que posso fazer mais, bem mais e em toda e qualquer oportunidade que apareça. A tarde foi ganha!

sábado, 22 de setembro de 2018

Apenas solidão

Desconforta a solidão.
hão há paz, não há alegria,
não há nada.
solidão amorfa, indolor,
apavorante até...
não há certeza nos planos
quanto ao amanhã
ou melhor, não há amanhã;
ao menos em relação aos sentimento
que afligem meu ser.
não há um beijo
ou um abraço
nem a espera de que, de repente
alguém querido se achegue.
Ou há, talvez,
tênue esperança de que ali
próximo ou além do horizonte
o chamamento do coração solitário
mova e como outro coração;
este, solidário, a partilhar 
triste momento só,
desamorado, distante de apegos
de uma paixão a não existir;
a desabrochar em outros rumos
que não os meus - quiçá os teus.
mesmo assim, há, pois, se bem penso,
amor na solidão
e esse amor é chama que se alimenta
a queimar enlevo por um alguém ausente
- expectativa justificada
por palpitares ante a um olhar; 
num sorriso monalístico que se traduz em espera
de roçares corporais adiados;
de beijos lascivos apenas imaginados.
Esperança sempre adiada e a machucar...
solidão, solidão! (...)
do umbral da janela
certo olhar revela a lua dos apaixonados
característica de amantes 
que nunca estão sós.
o que é isso, solidão?
Nem nas inquietações de quente noite
mas que impera a prateada 
e bela luz do luar
tu te ausentas de mim?
me tornas, pois, assim,
um amante - não de meus possíveis
(e esperados) amores,
mas, de ti, solidão.

Zevall, set./2018)

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

o Aluno e a biblioteca




Alunos em atividade na biblioteca
Unidade Escolar João Leal - Nazaré do Piauí
Fonte: Professor Dias/2018

Existe uma ideia - errada, por sinal - de que aluno não gosta de biblioteca.
Gosta sim. Aliás, o aluno gosta de qualquer tema ou ação que a ele é confiado, deste
que seja orientado, estimulado e até conquistado para esse fim. 
Atividade na biblioteca
Fonte: Prof. Dias/2018

O que o aluno realmente não gosta é da imposição, do pouco estímulo 
e, até, da falta de confiança 
em suas possibilidades e capacidades como um bem particular.
Sem contar que este - o aluno - vê no professor uma figura-exemplo; 
alguém em quem ele aposta suas fichas, desde que confie e acredite.
abramos espaços, pois, para os nossos alunos; deleguemos e despertemos neles
a ação, a dinâmica e as expectativas do fazer acontecer. 
eles podem; eles fazem; eles são capazes.
Aluna em pesquisa
Biblioteca U.E. João Leal - Nazaré do Piauí.
Fonte: Prof.: Dias/2018

Aos Docentes

Se você não entende que alunos são como filhos,
que devemos ensiná-los a dar os primeiros passos,
levantar após cada tombo, 
e que a vida é muito mais do que o caminho de casa à escola,
e que a educação é a coisa mais importante que eles terão,
e que as experiências nesse processo de descobrimento e aquisição
são as coisas mais fantásticas que terão na vida.
Se você, digo, nós não acreditarmos nos nossos alunos,
quem acreditará?
Desculpe-me, caríssimos, não sabeis, aliás, não sabemos
o que é educar, tampouco o que é educação.
Docência não se dá sem discentes.
ouvi certa vez que talvez o único lugar em que nossos discentes
se sentem seguros e amados é na nossa sala de aula.

NETO, Auri. Mensagem inicial. 
Construir Noticias, set., out./2017.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Mais um poema



Poema sexual

Desvirginado.
É assim que me encontro..
Me romperam a membrana
Da decência e da crença no ser humano.
Comeram-me com os olhos do rancor
Desde o momento em que me revelei quem sou
Abusaram de mim quando quiseram
Me penetrar a mente
Ultrajando o pensamento inovador, diferente
E de ousadias.
Me desviginaram...
Quiseram que me mostrasse
Um ser que não sou
E que não devo ser
Pretenderam que aceitasse
O que não posso aceitar:
O arcaísmo; a sujeição ao velho
À falta de ambições de novas coisas e cores
Do saber.
Ainda assim,
Não me vejo aceitando que gozem na minha cara
Fazendo jorrar em mim
O liquido luxurioso de velhos dogmas e sujeições
A clássica corrupção do saber,
E do desamor às mentes carentes
Que acreditam em mim
E me aceito com o meu turbilhão de “diferentes”,
De boas ideias, de fomentação de descobertas.
Tradição e cultura em interação.
Corrompimento e negação se me ofereceram
Descaracterização de mim, também...
Disse que não; sou o  que sou
 – Me deixem apenas ser!
Mesmo assim me defloraram
Usurparam meu direito e minha ânsia de conquista
  não conseguiram
Saciarem-se na minha dignidade
Ou na desistência.
Abatido? Talvez sim; talvez não. – só não desisto!
Ergo-me e convalesço
Me atrelo às panaceias do saber
E nas minhas escolhas na hora de confiar,
De olhar nos olhos
De ser seletivo e celetista.
Cairão ao meu lado e verão que continuo de pé
Que a vergonha não existe
E que a confiança persiste. – me recupero;
Já piso terreno mais firme
Nos meus novos rumos.
As feridas estão a cicatrizar...
Meus detratores?
Esses se mostram moeda falsa
 - Sem coroa.
Masturbaram-se na minha ausência
E pensando em mim;
Mas não ousaram se despir perante mim
Jogando fora as vestimentas da hipocrisia
Assim, não se satisfizeram;  se reprimiram
E se encontram frustrados
E seus desejos não mais afloram.
Sabem que não me gozaram
E que já não podem pagar
Por meus momentos de amor – ganharam um inimigo
Apenas.
Esse se fez forte – não se fez derrotado
E eles, com que se contentam?
Com meus respeitos
– Sou um grande admirador de ignorantes!!!
(Zevall, set./2018).




Declaração
Amar-te sempre
A qualquer hora ou lugar,
Sem medo, sem receio;
Sem pensar em desatinos
Apenas te amar.
Amar com toda a força
De um coração que ama
Que sabe o que quer
E que sabe amar...
Com paciência, em todo o tempo;
Nas alegrias
Ou quando os dias não forem
Tão alegres assim.
Amar em todos os caminhos e rumos
Fáceis ou difíceis de serem trilhados
Ou seguidos, sorrindo sempre
Amando sempre
E sempre querendo o teu amor
Do jeito que é – em todas as suas cores e formas.
Sei, quero amar-te sempre
Andando de mãos dadas, fazendo cafuné
Banhando e brincando n chuva
Te jogando areia
Ouvindo musica suave
E arriscando cantar para ti
Meio desafinado, não importa
- a métrica do amor nem irá perceber
Que não sei cantar.
Menina, é isso que quero
Amar-te sempre e do meu jeito
Jeito que se dá bem com o teu jeito
Um para  o outro; um no outro
Bem simples assim.
Tu deixa?
. . . (?)
(Zeval, set./2018)

A REFORMA E AS SOLAS

Reforma Protestante – nome dado ao movimento reformista que surgiu no cristianismo em 1517 por meio do monge agostiniano Martinho Lutero. A ...