terça-feira, 11 de setembro de 2018

Mais um poema



Poema sexual

Desvirginado.
É assim que me encontro..
Me romperam a membrana
Da decência e da crença no ser humano.
Comeram-me com os olhos do rancor
Desde o momento em que me revelei quem sou
Abusaram de mim quando quiseram
Me penetrar a mente
Ultrajando o pensamento inovador, diferente
E de ousadias.
Me desviginaram...
Quiseram que me mostrasse
Um ser que não sou
E que não devo ser
Pretenderam que aceitasse
O que não posso aceitar:
O arcaísmo; a sujeição ao velho
À falta de ambições de novas coisas e cores
Do saber.
Ainda assim,
Não me vejo aceitando que gozem na minha cara
Fazendo jorrar em mim
O liquido luxurioso de velhos dogmas e sujeições
A clássica corrupção do saber,
E do desamor às mentes carentes
Que acreditam em mim
E me aceito com o meu turbilhão de “diferentes”,
De boas ideias, de fomentação de descobertas.
Tradição e cultura em interação.
Corrompimento e negação se me ofereceram
Descaracterização de mim, também...
Disse que não; sou o  que sou
 – Me deixem apenas ser!
Mesmo assim me defloraram
Usurparam meu direito e minha ânsia de conquista
  não conseguiram
Saciarem-se na minha dignidade
Ou na desistência.
Abatido? Talvez sim; talvez não. – só não desisto!
Ergo-me e convalesço
Me atrelo às panaceias do saber
E nas minhas escolhas na hora de confiar,
De olhar nos olhos
De ser seletivo e celetista.
Cairão ao meu lado e verão que continuo de pé
Que a vergonha não existe
E que a confiança persiste. – me recupero;
Já piso terreno mais firme
Nos meus novos rumos.
As feridas estão a cicatrizar...
Meus detratores?
Esses se mostram moeda falsa
 - Sem coroa.
Masturbaram-se na minha ausência
E pensando em mim;
Mas não ousaram se despir perante mim
Jogando fora as vestimentas da hipocrisia
Assim, não se satisfizeram;  se reprimiram
E se encontram frustrados
E seus desejos não mais afloram.
Sabem que não me gozaram
E que já não podem pagar
Por meus momentos de amor – ganharam um inimigo
Apenas.
Esse se fez forte – não se fez derrotado
E eles, com que se contentam?
Com meus respeitos
– Sou um grande admirador de ignorantes!!!
(Zevall, set./2018).



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