quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

De Codó (MA) e outras lembranças

1980 foi o ano em que decidi, depois de algumas desavenças e agruras passadas, voltar de São Paulo e o destino foi a cidade de Codó, no Maranhão. Meus pais se encontravam morando lá; fui passar uns dias e fiquei por um tempo, em torno de dois anos e meio. E muitas coisas mudaram em mim e em minha vida desde então.
Uma de minhas paixões, à época, era violão. Só que eu não sabia tocar; hoje ainda sei pouquíssimo. Mas, por causa desse instrumento me enturmei rápido. A joia da Igreja Batista na cidade era o JUBATSON, o conjunto do grupo de jovens. Joacy, Rubens e Agenor eram os instrumentistas; Fátima, Zildeth, Miriam, Eunice, Augusto, Genival, Marileide, entre tantos outros jovens, eram os vocalistas; os ensaios, no sábado à noite.
Me habituei a frequentá-los. Ia todos os sábados, sentava em um dos últimos bancos da Igreja e ficava ouvindo e, mentalmente, tentando assimilar alguma coisa. Para mim era tudo muito belo e perfeito e, aos 22 anos de idade, pensava que eu não aprenderia aquela arte. Tanto cantar como tocar, para mim, era arte pura.
Genésio Guimarães Lima - vulgo GG - era o ministro da Igreja. Velho bonachão, muito simpático e, por ser muito apegado aos seus jovens, participava de todos os ensaios. opinava, aplaudia, corrigia, sugeria e, às vezes, após o ensaio, levava o grupo pra tomar café em sua casa. GG, certo dia e durante os preparativos dos  ensaios, primeiro avisou ao grupo que queria conversar após o ensaio e, ato contínuo, veio e sentou-se ao meu lado. Havia chegado na cidade em maio, véspera do dia das mães; estávamos, possivelmente, em finais de julho ou em agosto iniciado. Ele me disse: "no grupo só canta membro da Igreja. Tenho observado que você assiste a todos os ensaios; bem que poderia estar participando com eles". Expliquei que não era membro e que por enquanto não iria me transferir. Ficou por aí a conversa.
A presidente do JUBATSON se chamava Zildeth Rego Gomes da Silva. GG pediu para que ela abrisse uma sessão extraordinária do grupo e passasse a palavra para ele. ao assumir ele anunciou que eu já frequentava a igreja em torno de quatro meses, estava sempre nas reuniões da mocidade e não faltava aos ensaios do grupo. acrescentou que conhecia o estatuto e o respeitava. queria, porém sugerir que eu fosse aceito como participante convidado até eu resolver sobre possível transferência. O grupo foi unânime em me aceitar e foi assim que comecei a enveredar pelo mundo da música evangélica, graças a simpatia e dinamismo do pastor local. Como comecei a tocar na banda é assunto para o próximo capítulo. Abraços.

2 comentários:

  1. Estou impressionada como vc tem uma memória Boa,qtos detalhes tão pequenos de vcs,kkkk.amei o início, valeu meu amigo.parabens !!(edna)

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    1. Quanta riqueza de detalhes ...viajei no tempo aqui. Tempos bons...e o GG realmente foi um ícone em nossas vidas. Muito bom te reencontrar...vê se não some de novo. (Eunice)

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