domingo, 23 de maio de 2021

Extremos da conduta cristã

Quem está no centro de Embu das Artes e deseja ir para a igreja Batista deve chegar no canto Sul do largo 21 de abril e dobrar à direita na rua ao lado da igreja católica. Foi o percurso que fiz em uma noite de outubro de 2012, domingo, quando me dirigi pra cultuar ao SENHOR. Caía uma chuva fina e, por isso, eu estava de capa. Ao chegar, o culto já em seus primórdios e por estar molhado, fiquei fora numa varanda coberta, em frente mas um pouco afastado do pórtico de entrada. Um casal de jovens que chegou depois de mim, também molhados, ficaram rente ao portal, com a jovem encostada neste. No momento do ofertório, em vista de outras pessoas se encontrarem na varanda, um diácono veio e ao passar pelos jovens se dirigiu a estes com palavras grosseiras, prevenindo-os de que "estavam atrapalhando". É possível que estivessem mesmo mas a forma de falar do irmão é que não batia com a conduta cristã. Me senti irritado a tal ponto com a maneira que os jovens foram tratados que decidi, até pelo sentimento que se abateu sobre mim, a não continuar no culto. Fechei a capa e tomei o caminho de volta, ainda sob chuva fina. (...) Existe em Embu uma via que corre paralela à BR 116 e que margeia a parte central da cidade; quando se cruza uma ponte que cobre um córrego quando se vai em direção a está via, logo após a esquina tem uma parada de ônibus. Me dirigi a este ponto e fiquei esperando uma condução para voltar para casa. Foi aí que ouvi um hino sendo cantado. A uns 50 ou 60 metros do ponto ontem eu estava tem uma igreja da Assembleia de Deus. Ao ouvir o hino imediatamente me veio o pensamento de que havia saído de casa para participar de um culto e este pensamento me fez tomar a direção daquela igreja; meio molhado fui recebido à porta por um senhor que fez questão que eu entrasse. Entrei, me encostei à parede do fundo da igreja e me senti melhor. Estava assistindo ao culto ao SENHOR. Por ter um horário puxado de trabalho eu não ia todo domingo à igreja; normalmente ia quinzenalmente e passei a ir naquela igreja e foi nela que senti o quanto ficamos bem com uma recepção calorosa, ou quando alguém nos trata "como gente". Na quarta noite em que eu estava assistindo ao culto, estando outra vez de pé no fundo da igreja quando, ao encerrar o culto, o pastor chamou um irmão pra dirigir o hino final enquanto ele ia "abraçar um irmão que se encontrava visitando a igreja e ele não havia ainda falado com a pessoa". Achei interessante e acompanhei com o olhar a descida do pastor da plataforma e seguir por um corredor para o fundo da igreja. Minha curiosidade se transformou em surpresa (e emoção) quando ele parou em frente à mim e falou: - Tenho percebido que o você já tem vindo outras vezes aqui mas sempre que encerro o culto e chego à porta você já saiu. Quando o vi entrar hoje decidi que desta vez lhe daria um abraço e lhe perguntaria o seu nome. Que bela maneira de demonstrar o amor de Cristo que a todos nós constrange!!! (Zevall, maio/2021).

domingo, 9 de maio de 2021

Fórmula 1

Para os amantes da velocidade, a corrida de fórmula 1 na Espanha, neste domingo 09/05, foi um show de perícia, paciência e velocidade do britânico Lewis Hamilton. Ele realmente faz a diferença quando se pensa que "não há mais nada a fazer". Hoje o que se viu foi o piloto pirando a cabeça de comentarista que durante a primeira troca de pneus, criticaram a estratégia adotada pelo time mais uma vez vencedor. Indiscutivelmente Hamilton não é um bom piloto; ele está muito acima disso. Parabéns, ao time, parabéns ao piloto, parabéns aos fãs e apreciadores de espetáculo. Que Venha Mônaco! Zevalll

terça-feira, 4 de maio de 2021

Baculejos na rua

Março de 1979. Manhã de uma quinta feira que prometia ser de muito sol. A cidade de Embu das Artes já fervilhava de trabalhadores em busca de sua condução ou indo a pé para o trabalho nas proximidades. Eu caminhava tranquilo e sem pressa pela avenida Elias Yazbek já me aproximando do trevo de saída, onde atravessaria a rodovia Régis Bittencourt e começaria a subida do Morro em direção ao Jardim Santo Antônio, onde morava. Como havia "batido cartão" de saída do trabalho - padaria do Supermercado Gigante, na rua Cândido Portinari, n° 139, às 6h00 da manhã (Eu trabalhava à noite), e me encontrando em torno de quilômetro e meio do local de trabalho, devia ser, no momento, em torno de 6h30, talvez um pouco mais, talvez um pouco menos. Primeiro ouvi o barulho do carro; lento, prenunciando que vinha devagar, fato estranho pra aquela hora da manhã. Quando passaram por mim - não havia olhado para trás - vi ser uma viatura da ROTA, Rondas Ostensivas Tobias Aguiar. Percebi que o veículo havia parado uns trinta metros à minha frente e que dele desceram três policiais, tendo um, o comandante do grupo, ficado no banco do passageiro com as pernas na calçada, depois de ter aberto a porta. Havia um poste onde um se encostou; outro ficou recostado no muro e o terceiro na parte traseira do carro. Para eu passar, ou desceria a calçada e ia pela pista ou passaria entre eles; decidi pela segunda opção. Quando fiquei rente ao que se encostara no poste ele esticou a perna e barrou me passagem. Depois me disse "Bom dia"; e foi aí que meus problemas começaram. As perguntas começaram com os famosos "de onde tu vem" e "pra onde tu vai", passando em "de onde tu é", "o que faz essa hora na rua" e "o que tu leva nessa sacola"...; nem pensei em manter sangue frio nessa hora; fiquei apavorado. Ouvia sempre de pessoas que foram vistas entrando em "camburão" e que desapareceram. Mas tentei me controlar. Meu saco de pão (a sacola da pergunta) foi rasgado e os pães espalhados pela calçada ; os documentos, um a um e após ser conferido, foi jogado no chão. E cada vez que fazia isso o comandante me dizia: Você pode pegar, por favor? Por fim eles me liberaram. Não antes do famoso baculejos, onde o rapaz encarregado da tarefa fez questão de passar a mão em minha bunda várias vezes e, ao fazer isso perguntar, "tá tudo bem?".
Fui pra casa. Eles me seguiram ainda até quando atravessei a rodovia. O meu medo maior é que eles retornassem no trevo logo adiante e me pegasse na subida do morro. Graças a Deus não aconteceu mas decidi, naquele dia, que viria embora. Zevall, maio de 2021

A REFORMA E AS SOLAS

Reforma Protestante – nome dado ao movimento reformista que surgiu no cristianismo em 1517 por meio do monge agostiniano Martinho Lutero. A ...