quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Geração "diferente"

Se você tem entre 60 e 65 anos esse texto também é pra você. Costumamos ouvir dizer que somos uma geração previlegiada. Em um outro contexto somos ditos Geração Eleita; e somos realmente. Fomos adolescentes na época da Ditadura Militar e sobrevivemos a ela. Incautos, nos dias atuais, sem noção do que realmente foi esse período se polarizam: ou clamam o seu retorno, sem ter ideia de possíveis consequências ou a criticam, generalizando por baixo, desconhecendo que apesar de tudo, foi um momento de avanços. Sobrevivemos, também, às novelas e aos seriados da tv Globo, que hoje, por questões ideológicas de determinados grupos, é taxada de "globolixo". Como resistir, na nossa época, a novelas como Cavalo de aço, Irmãos coragem, O Semideus, Selva de pedra ou Carinhoso; como não sorrir ante as peripécias da dupla Xazan e xerife ou não gargalhar com A Grande família; quem não se emocionou com Fabio Jr. cantando Pai em Ciranda, cirandinha ou com Antonio Fagundes ao volante de um caminhão 1519, descobrindo que invadiu terras de uma fazenda ao se desviar de uma estrada quebrada em Jorge, um brasileiro? Mas essa geração sobreviveu também à Coca-Cola. Mas jamais poderíamos, na nossa juventude, participar de uma tertúlia (as baladas da época) sem que estivesse presente dois itens: um LP da "Década Explosiva" e a famosa Coca-Cola. Nessa época era considerado top levar a garota para o barzinho da praça e oferecer tal refrigerante para a mesma. Uma garrafa pra cada um - nem pensar em pedir apenas um e dividir com a pretendente... Hoje não se pode mais tomar este tipo de bebida "comprovadamente" maléfica; é verdade que a qualidade da programação da emissora epigrafada deixa a desejar em alguns momentos. Mas não é só ela. Em relação à Ditadura Militar, antes de emitir qualquer opinião, o ideal é uma boa leitura dos principais fatos para conhecer melhor e só então manifestar o pensamento. Quanto a nós, sobreviventes, somos ou não uma geração diferenciada, especial, Eleita? (DIAS, Eisenhower. Professor/historiador, ago./2021).

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Acidente

Hoje, por pouco, muito pouco mesmo, não fui protagonista de um acidente terrível. Gracas a Deus não aconteceu nada comigo mas lamento pelo rapaz acidentado. Ao tráfegar na av. Eurípides de Aguiar, nas proximidades do mercado Sabor da Terra, um garoto vinha em uma motoneta Pop em alta velocidade no sentido norte/sul. Primeiramente ele desviou de um carro cor prata que estava em minha frente; depois desviou de mim e minha moto e, por último, conseguiu se safar também de um automóvel preto que estava saindo do restaurante Espeto & Cia. Na esquina seguinte estava saindo um carro das imediações da igreja Congregação Cristã e o jovem não conseguiu desviar-se ou brecar o seu veículo. O resultado foi um impacto fortíssimo, onde o piloto da motoneta foi arremessado por cima do veículo com o qual se chocou. Fiquei abalado por entender que os arroubos da juventude unidos ao prazer irresponsável da alta velocidade propiciam situações semelhantes. Imediatamente ouvi alguém dizer que jamais compraria uma moto pelo perigo que ela representa. Redargui informando que a moto em si, se usada de maneira adequada não representa tanto perigo assim; O perigo vem pelo mau uso... Ao final da noite me tranquilizei ao passar pelo local do acidente pois alguém me informou que, apesar do forte impacto, o rapaz sofreu danos que não colocavam sua vida em risco. Boa notícia essa mas fica o alerta: sejamos mais responsáveis ao conduzir qualquer que seja o veículo.

domingo, 15 de agosto de 2021

Posse

Os dias são belos, em toda a sua extensão. As manifestações presentes em nossos atos falam por nós; dizem dos nossos sentimentos e do quanto nos aferramos a eles. Somos adultos que entendemos e assumimos nosso jeito de ser. Não nos envergonhamos pelo que somos e fazemos e isso é muito bom. Revi o passado e o presente; o achei sublime, plangente, voraz... A tua beleza de vida é singela; a tua entrega, simples e calma. E a minha posse, audaciosa. Te querer bem, ao tempo que é atitude e prazer, é também um mundo de descobertas. Quando penso que estou me excedendo tu me apresentas uma nova proposta, lasciva, desejada e poderosa mas, principalmente, irrecusável. Tua satisfação, ainda que minha tarefa primeira, é um caminho para novos meios de aplacar um instinto animalesco muitas vezes recalcado. Tenho medo de mim; porém, ante a tua confiança e submissão, me sinto domado e atrevido ao tomar conta do teu corpo faminto e cheio de promessas e possibilidades. Já não fico sem tua presença em mim, sem teu amor em meu ser... sou preenchido por ti e pelas tuas maneiras de me dar o que quero e que anseio mas que nem sempre manifesto. Ser teu não basta. Preciso que sejas minha a cada instante, a cada momento, a cada vida... Fica comigo. Se fizeres isso terei sentido e te deixarei sempre contente. Essa é minha sina. (Zevall, adaptado em 15/08/2021)

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Sobre amor.

Confesso que não entendo um sertanejo que canta "te amar foi um erro..." . Não há erros em amar; o amor é um "caminho sobremodo excelente". Há, sim, erro na condução desse sentimento que, por ser gratuito, muitos se apoderam sem estar aptos a desenvolvê-lo. Há ainda aqueles que não entendem o amor enquanto sentimento. Acreditam que este seja imposição, prova de autoridade e de vontade unilateral. Aos que pensam assim, meu sorriso de desprezo: ah, ah, ah, ah... não compreendem e jamais compreenderão a linguagem do amor. Amor sublime é aquele que reconhece o outro; que respeita, que ouve, que entende e aceita o modo de ser do ente amado. O amor excelente renuncia, mesmo em detrimento do lógico, do ponderável. Não adianta, portanto, proclamar que ama e ser irascível, rabugento (meu pai diria boçal), sem paciência... Eu não me reconheço como bom vivant nas coisas do amor, mas que gosto de amar e tiro o chapéu pra uma dama que mereça ser amada, ah! Isso eu faço sem dobrar a esquina... (Zevall, adaptado, ago./2021).

sábado, 7 de agosto de 2021

Sobre caminhos

Caminhos, caminhos, caminhos... o que é isso? O cantor Fábio Jr., em uma de suas músicas diz que "todo caminho tem ida e volta"; e logo a seguir um sertanejo pergunta, também em uma música "pra onde ir?" Caminhos...muitas vezes nos perdemos por não saber o caminho correto a ser seguido e quando percebemos, estamos no rumo errado. Tal percepção nos leva a outro questionamento: que critério adotamos na escolha dos nossos caminhos? Há caminhos retos, planos, tortuosos, acidentados; há belos caminhos, como o retratado acima e há caminhos não tão belos assim. Lembrei-me, ao fazer essa foto de um trecho de estrada onde parei pra descansar de um passeio, que a Bíblia, nosso manual de conduta e fé também debate esse tema quando afirma que "há caminhos que ao homem parecem diretos...".
Um belo caminho pode ou não nos levar a um belo e confortável lugar, assim como um caminho acidentado e tortuoso não precisa ser sinônimo de desagrado ao ponto final. Como já dito por outro cantor " nessa longa estrada da vida vou correndo e não posso parar...". pergunto: onde você está querendo chegar e como escolheu o caminho a ser seguido? Se não sabes responder, posso lhe lembrar que certa vez um jovem galileu disse: "Eu sou o caminho..." (Zevall, agora/2021).

A REFORMA E AS SOLAS

Reforma Protestante – nome dado ao movimento reformista que surgiu no cristianismo em 1517 por meio do monge agostiniano Martinho Lutero. A ...