segunda-feira, 7 de março de 2022

Bullyng

Eu li Bolota muitas vezes. Histórias da loirinha gorda que comia muito, se divertia e muitas vezes ficava zangada com seus colegas. Aí ninguém segurava a Bolota... Enredos simples, hoje talvez sem sentido mas que tomava muito do tempo dos adolescentes dos anos idos de 1970/80 e, além disso nos ajudava no nosso projeto pessoal de leitura. A própria revista era o incentivo e não precisava ninguém para mediar.
E quem não se divertiu, na mesma época, com as aventuras, deslizes e artimanhas do recruta mais malandro que o exército americano já suportou? O Recruta Zero foi inspiração pra muitos futuros marmanjos que sonhavam ir para o exército e aprontar. Mas nem tudo era alegria e divertimento na vida do Zero. Ele e seus amigos Quindin e Dentinho eram os favoritos da irá do sargento Tainha. Dessa forma, o trio apanhava, ficava preso, passava fome e ficava com as piores tarefas do rancho.
Esse sou eu, hoje "Zevall". Mas já fui chamado de magrelo (pelo pr. Guimarães, em nossos tempos de juventude); de "mago véio", pelo hoje doutor Juarez Carvalho, grande amigo de tempos idos. Minhas irmãs me chamavam de Garrau e uns colegas de trabalho que tive quando trabalhei a primeira vez, em São Paulo, por serem baixinhos (os dois que trabalhavam comigo na padaria do Gigante) me chamavam de bitelo, fato que, já naquela época, 1978, me fez recorrer ao dicionário. E não pensem que foram só esses apelidos. Devido eu ser muito magro até de grade me chamaram. Esse também devo ao pr. Guimarães... Hoje vivemos tempos difíceis no que se refere a relacionamentos. O politicamente correto surgiu com seus emaranhados de "isso não pode" e tirou, talvez a beleza do ser criança, do brincar do fazer amigos e amizades. Os meninos e meninas existem para serem bonitos, andar bem vestidos e "não se misturar" com quem não é do mesmo rito e classe. Apelidos e brincadeiras que podem ser consideradas de "gênero" nem pensar. O Zero sobreviveu ao seu tempo; a Bolota também. se hoje já não existem deve-se tal ao pouco gosto pela leitura e não pelos "Bullyngs" sofridos. Quanto a mim, estou aqui, firme e forte. E até engordei, o que tirou o prazer do Guimarães e do Juarez. Aí você pode pensar: não existia bullyng nesse tempo? Respondo: não, não existia. Brincadeira; é claro que como conceito existia mas nesse tempo se buscava toda e qualquer oportunidade para se ser feliz E o que é mesmo bullyng? (Zevall, professor/historiador, mar./22). Em tempo: emprestamos as representações do Zero e da Bolota do Google, acesso em 07/03/22).

4 comentários:

  1. Falou tudo professor. bons tempo de antigamente que não existia esse tal de bullyng.

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  2. Isso mesmo! Importava mais brincar e ser fiz. Se aqui é ali surgisse uma rainha, fazia parte...

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  3. Valeu, Magrão.Bom texto também li muito o recruta Zero e, às vezes a Bolita...

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