Qual a mudança que realmente precisamos?
Por: Isabelle Omeara de Oliveira Venceslau*

Vivemos tempos difíceis. O homem
moderno, com toda sua cosmovisão humanística e autocêntrica, tem visto a
degradação que o próprio homem é capaz de fazer, agindo segundo o seu ego.
Lembro- me de um conceito básico ensinado sobre liberdade desde minha meninice:
“A minha liberdade termina onde começa a do outro”. A sociedade que me ensinou
isso vive isso?
Corrupção social, moral e
política, Guerras civis, Crise Econômica, Atentados terroristas, Governos
centralistas, Drogas, Tráfico, Rebeliões, Epidemias, Fome, Câncer, SUS, Noticiários da TV, Aposentadoria, Oriente
Médio, Estado Islâmico, Refugiados, Síria, Rússia e Estados Unidos, Coréia do
Norte, Londres, Brasil, Acordos, Cracolândia, Dólar, Inflação, Lava Jato, Governo...
Estes nomes por vezes nos
embrulham o estômago. Tememos o jornal da manhã porque geralmente as notícias
não são boas. É impossível ser indiferente. Quem diria que o homem - no auge da
sua independência, modernidade, liberdade sexual, tecnologia, e tantos outros
aspectos nos quais acreditamos que evoluímos -
viveria tão desacreditado acerca do mundo ao seu redor e do seu próximo
em pleno século XXI.
Talvez o âmago da questão seja o
conceito atual do que definimos sucesso.
Alguns acreditam que sucesso
significa conquistar uma voluptuosa quantidade de Dinheiro e seguir numa busca desenfreada para garantir mais ainda,
seja de que forma for – milhões não são suficientes.
Outros vêem a realização como uma
libertinagem sem limites, no qual a
única coisa a ser considerada seja “satisfação pessoal”, ainda que para isso
precise-se usar pessoas como se fossem coisas.
Alguns são cegados pelo brilho
ofuscante do Poder e o compram pelo
preço que for: - “Ter poder é ter tudo e todos em minhas mãos!” Será?
Outros precisam estar antenados e
ininterruptamente conectados com as tecnologias, mídias digitais e seu poder de
exibição frente ao mundo. Estamos ficando doentes pelos vícios virtuais.
E por isso em nome de dinheiro,
poder, liberdade e exposição chegamos onde estamos. Num cenário cinzento e
instável do qual o homem moderno não tem muito do que se orgulhar. Não podemos
garantir que nosso momento atual evidencia de fato uma evolução. Continuamos a
ver guerras, mortes, roubos, opressão do mais forte sob o mais fraco,
desigualdades.
O que fazer, então? Talvez seja
preciso mais do que apontar o dedo para os “grandes nomes” da política do
Brasil e do mundo. Talvez seja o momento deste único ser racional no reino
animal repensar o que significa seu sentido de viver. Cada um precisa pensar e
repensar. Evoluir em seu conceito de vida. Reposicionar-se. Viver é mais do que
desfrutar de todos estes “fascínios” que citei. Precisamos voltar a associar ordem
e progresso com princípios e valores. Construir um ambiente do qual a próxima
geração irá se orgulhar.
Viver é mais que isso. Fomos
feitos para um cenário melhor do que este, certamente.
*Isabelle O’meara de
Oliveira Venceslau
Funcionária pública
federal (ECT)
Bacharelanda em Direito
pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI
Membra da Igreja
Batista El Shaday – Floriano (PI).