sábado, 24 de junho de 2017

Qual a mudança que realmente precisamos?

Qual a mudança que realmente precisamos?
Por: Isabelle Omeara de Oliveira Venceslau*


Vivemos tempos difíceis. O homem moderno, com toda sua cosmovisão humanística e autocêntrica, tem visto a degradação que o próprio homem é capaz de fazer, agindo segundo o seu ego. Lembro- me de um conceito básico ensinado sobre liberdade desde minha meninice: “A minha liberdade termina onde começa a do outro”. A sociedade que me ensinou isso vive isso?
Corrupção social, moral e política, Guerras civis, Crise Econômica, Atentados terroristas, Governos centralistas, Drogas, Tráfico, Rebeliões, Epidemias, Fome, Câncer, SUS,  Noticiários da TV, Aposentadoria, Oriente Médio, Estado Islâmico, Refugiados, Síria, Rússia e Estados Unidos, Coréia do Norte, Londres, Brasil, Acordos, Cracolândia, Dólar, Inflação, Lava Jato, Governo...
Estes nomes por vezes nos embrulham o estômago. Tememos o jornal da manhã porque geralmente as notícias não são boas. É impossível ser indiferente. Quem diria que o homem - no auge da sua independência, modernidade, liberdade sexual, tecnologia, e tantos outros aspectos nos quais acreditamos que evoluímos -  viveria tão desacreditado acerca do mundo ao seu redor e do seu próximo em pleno século XXI.
Talvez o âmago da questão seja o conceito atual do que definimos sucesso.
Alguns acreditam que sucesso significa conquistar uma voluptuosa quantidade de Dinheiro e seguir numa busca desenfreada para garantir mais ainda, seja de que forma for – milhões não são suficientes.
Outros vêem a realização como uma libertinagem sem limites, no qual a única coisa a ser considerada seja “satisfação pessoal”, ainda que para isso precise-se usar pessoas como se fossem coisas.
Alguns são cegados pelo brilho ofuscante do Poder e o compram pelo preço que for: - “Ter poder é ter tudo e todos em minhas mãos!” Será?
Outros precisam estar antenados e ininterruptamente conectados com as tecnologias, mídias digitais e seu poder de exibição frente ao mundo. Estamos ficando doentes pelos vícios virtuais.
E por isso em nome de dinheiro, poder, liberdade e exposição chegamos onde estamos. Num cenário cinzento e instável do qual o homem moderno não tem muito do que se orgulhar. Não podemos garantir que nosso momento atual evidencia de fato uma evolução. Continuamos a ver guerras, mortes, roubos, opressão do mais forte sob o mais fraco, desigualdades.
O que fazer, então? Talvez seja preciso mais do que apontar o dedo para os “grandes nomes” da política do Brasil e do mundo. Talvez seja o momento deste único ser racional no reino animal repensar o que significa seu sentido de viver. Cada um precisa pensar e repensar. Evoluir em seu conceito de vida. Reposicionar-se. Viver é mais do que desfrutar de todos estes “fascínios” que citei. Precisamos voltar a associar ordem e progresso com princípios e valores. Construir um ambiente do qual a próxima geração irá se orgulhar.
Viver é mais que isso. Fomos feitos para um cenário melhor do que este, certamente.
*Isabelle O’meara de Oliveira Venceslau
Funcionária pública federal (ECT)
Bacharelanda em Direito pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI
Membra da Igreja Batista El Shaday – Floriano (PI).

Um comentário:

  1. Excelente texto, que traz à tona verdades dos momentos difíceis que estamos vivendo. ressalte-se, no entanto, que tais dificuldades, em sua maioria são realizações do próprio homem, voraz,ambicioso, destituído de valores morais e de respeito ao semelhante. hora, portanto, de repfletir e ansiar por mudanças.

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