terça-feira, 3 de outubro de 2017

Poemas e outros

Rapinae


Quisera saber falar
e falaria de beleza, a tua
e tudo de belo que de ti irradia
me é querido.
É tudo que quero!
Beleza ousada e perigosa
tal qual a da pantera
que se prepara a atacar
que me intimida
me deixando à tua mercê
tanto que não reajo; não quero...
Submeto-me a esse ataque
que eu quero
e espero
e por muito esperar antegozo
ao sentir – na imaginação
o toque das mãos /patas, as tuas
no meu corpo, fustigando
acariciando,
arranhando.
Já não controlo à espera do prazer
Que irremediavelmente me trai
ao se fazer presente
em todos os cantos do meu corpo
que é teu...
Ah! fêmea/pantera obscena
de gingado predador
onde sou a presa e me faze preso
entre unhas e dentes
sujeito aos rangidos e lambidas;
sádicos atos de aprisionamento do meu ser
que te prazeram
e me dominam a mim
fazendo-me, ao mesmo tempo
servo e capacho
e amante dos teus amores
feliz por ser e ao ser devorado
nas tuas entranhas úmidas
na tua fome corporal,
carnal, lasciva, quente
(...)
Falta-me saber falar
e, assim, apenas sinto...

(Zevall, set., 2017).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A REFORMA E AS SOLAS

Reforma Protestante – nome dado ao movimento reformista que surgiu no cristianismo em 1517 por meio do monge agostiniano Martinho Lutero. A ...