quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Só um (quase) poema

Só um (quase) poema

Saudade,
Por, muitas vezes, afasto-me.
Devo pedir perdão, eu sei
Mas a tristeza impera
E importa também ser perdoada.
Gostar é querer melhor
Isso não consigo.
Se fico longe, mesmo assim sobrecarrego
Não satisfaço teus anseios
Vou à loucura por amar demais
E não descarregar esse amor.
Não posso (e não devo)
Te oferecer estranho amor por gostar
E não te querer sofrendo.
É mesmo estranho
Esse amor meu
Mas sei que amo
Muito, muito além
De forças ou explicações
Essas, não saberia dar
Só sei que amo
Não o amor banal
De novelas ou telenovelas
Não amores ocasionais.
Não raras vezes me pergunto:
O porquê – não me conheces; não sabes o quê e quem sou
Ou a razão de invadir o teu mundo – opaco sem mim, 
 - é verdade, mas onde havia paz
Esta, roubada.
Meus sentimentos
Estranhos sentimentos
Que afrouxam minhas defesas
E que te fazem desprotegido
Estranho
Meu e teu amor
Amo somente, eu sei
Querer mais é tudo que quero
Essa certeza “açucarada”
Dosada em beijos e abraços,
Por calores e espasmos corporais
Que nossos amores
Entre murmúrios e gemidos
Extravasam e se completam.
Agora, dois estranhos amores
O meu e o teu
Amor, carnal, lascivo
Ignorante de regras e pudores
De medos ou abstenções.
Portanto, o meu amor em teu amor
Vai além do que se
Possa explicar.
                        (Celeste, jan./2018).

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