terça-feira, 22 de novembro de 2016

Para Pensar I

Existem coisas e situações na nossa existência que merecem ser pensadas. O mundo, o ser humano, a vida por si somente, tudo e todos estão cercados (as) de mistérios e oportunidades par reflexão. O poema, entre tantos outros instrumentos, nos serve de condutor para essa atitude reflexiva. 
Desse modo, os seguimentos a seguir – quatro no total – tenciona nos despertar para a beleza das descobertas. Que consigamos ver o nosso derredor de maneira mais dinâmica, interativa e produtora de experiências. 

No Corpo
“De que vale tentar reconstruir as palavras
O que o vento levou
Entre nuvens e risos
Junto com o jornal velho pelos ares?
O sonho na boca, o incêndio na cama,
O apelo na noite
Agora são apenas esta
Contração (este clarão)
De maxilar dentro do rosto.
O poema é presente.”

GULLAR, Ferreira. Antologia Poética.
- Rio de Janeiro: Fontana e Summus, 1977.


Para Pensar II

As dores do Mundo

“Sinto bem fundo
Todas as dores do mundo.

Só que meu poema
Não conseguiu tocar
Em feridas maiores.
Abro os jornais
E leio e choro e me arrepio
Com a fome,
Com a guerra,
Com a aids,
Com a violência,
Com a destruição
Do verde e da vida.

Tento escrever,
Mas sai um poema impotente.
Fico pensando:
As dores do mundo
Pedem uma canção
Ou exigem ação?”

JOSÉ, Elias. Cantigas de
Adolescer. – São Paulo: Atual, 1992


Para Pensar III

Sinal Fechado

“Olá, como vai?
Eu vou indo e você, tudo bem?
Tudo bem, eu vou indo, correndo
                                      Pegar meu lugar no futuro, e você?

VIOLA, Paulinho da. LP foi um rio
Que passou.




Para pensar IV

Tente outra vez
Raul Seixas


Veja!
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!

Beba! (Beba!)
Pois a água viva
Ainda tá na fonte
(Tente outra vez!)
Você tem dois pés
Para cruzar a ponte
Nada acabou!
Não! Não! Não!

Oh! Oh! Oh! Oh!
Tente!
Levante sua mão sedenta

E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça aguenta
Se você parar
Não! Não! Não!
Não! Não! Não!

Há uma voz que canta
Uma voz que dança
Uma voz que gira
(Gira!)
Bailando no ar
Uh! Uh! Uh!

Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!

Tente outra vez!
Humrum
Tente! (Tente!)
E não diga
Que a vitória está perdida
Se é de batalhas
Que se vive a vida
Han!
Tente outra vez!

Composição: Paulo Coelho / Raul Seixas




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